terça-feira, 6 de julho de 2010

Um jogo que poderia ter tido apenas um tempo!


Um dos muitos brasileiros que estão ganhando, ou pelo menos tentando ganhar, dinheiro depois da eliminação.

Há quem diga que o Brasil só jogou um tempo na última sexta-feira. Jogou bem e venceu por 1 a 0 da Holanda, com um lançamento primoroso de Felipe Melo para Robinho. Antes disso, outro gol do artilheiro santista foi corretamente invalidado por impedimento e quase no final, Maicon quase fez um gol a la Carlos Alberto Torres na final da Copa de 70, só faltou a bola entrar.

Dessa forma se esperava um segundo tempo matador, com a possibilidade de um goleada quem sabe. Mas não foi isso que vimos. O Brasil voltou a campo, mais tenso do que na primeira etapa e sem trazer consigo o futebol. Talvez ele tenha se enganado de vestiário e ido parar no lado dos holandeses. Se o time laranja praticamente não jogou na primeira metade da partida, jogou tudo e mais um pouco na segunda etapa, sobretudo explorando o nervosismo brasileiro, ora na bola, ora fazendo lamentavelmente um teatro, ao simularem faltas com catimba de deixar qualquer argentino com inveja.

Porém o que entristece o torcedor brasileiro é saber que se a seleção tivesse mantido a pegada, teria sem dúvidas se classificado para enfrentar o Uruguai nas semi-finais. E o grande vilão para esse descontrole não é o Felipe Melo (pelo menos não só ele) e sim o nervosismo. O time já entrou tenso, Robinho em menos de 5 minutos de jogo já queria brigar com um zagueiro holandês. A boa atuação e sobretudo o gol, maquiaram um pouco esse nervosismo.

Mas foi só as seleções mudarem de lado para tudo desmoronar, ainda mais depois do gol de empate, quando todo o time, do Julio César ao Luis Fabiano, se deixou abalar. Não era para tanto, com 1 a 1 era como se o jogo tivesse começado de novo, era só manter o nível do primeiro tempo. Mas pela forma como o gol foi sofrido, em uma falha coletiva dos já citados Julio César e Felipe Melo, talvez isso tenha aumentado ainda mais aquele nervosismo já existente.

Com o gol de Sneijder, que tem algo em torno de 1,75 de altura, de cabeça e dentro da área brasileira em meio aos nossos excelentes zagueiros, começou a desmoronar as chances de classificação, que ruiu de vez com a expulsão de Felipe Melo, que mostrou nessa Copa, definitivamente, que nunca deveria ter sido sequer convocado, espero que sirva de lição para o próximo treinador. O time virou um bando, partindo desesperadamente para o ataque, correndo o risco de levar mais gols, que felizmente não aconteceu, diminuindo assim a vergonha.

Já está ficando batida essa frase, mas é o único consolo no momento: 2014 é logo ali! E é mesmo, por enquanto resta escolher alguma seleção para torcer. Os botafoguenses já acolheram o Uruguai, por causa do Loco Abreu, mas eu devo torcer mesmo para a Holanda, por quem sempre eu tive simpatia, embora a melhor seleção até aqui no mundial seja a da Alemanha.

Por enquanto é só!

Até mais!

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