Um dos muitos brasileiros que estão ganhando, ou pelo menos tentando ganhar, dinheiro depois da eliminação.
Há quem diga que o Brasil só jogou um tempo na última sexta-feira. Jogou bem e venceu por 1 a 0 da Holanda, com um lançamento primoroso de Felipe Melo para Robinho. Antes disso, outro gol do artilheiro santista foi corretamente invalidado por impedimento e quase no final, Maicon quase fez um gol a la Carlos Alberto Torres na final da Copa de 70, só faltou a bola entrar.
Dessa forma se esperava um segundo tempo matador, com a possibilidade de um goleada quem sabe. Mas não foi isso que vimos. O Brasil voltou a campo, mais tenso do que na primeira etapa e sem trazer consigo o futebol. Talvez ele tenha se enganado de vestiário e ido parar no lado dos holandeses. Se o time laranja praticamente não jogou na primeira metade da partida, jogou tudo e mais um pouco na segunda etapa, sobretudo explorando o nervosismo brasileiro, ora na bola, ora fazendo lamentavelmente um teatro, ao simularem faltas com catimba de deixar qualquer argentino com inveja.
Porém o que entristece o torcedor brasileiro é saber que se a seleção tivesse mantido a pegada, teria sem dúvidas se classificado para enfrentar o Uruguai nas semi-finais. E o grande vilão para esse descontrole não é o Felipe Melo (pelo menos não só ele) e sim o nervosismo. O time já entrou tenso, Robinho em menos de 5 minutos de jogo já queria brigar com um zagueiro holandês. A boa atuação e sobretudo o gol, maquiaram um pouco esse nervosismo.
Mas foi só as seleções mudarem de lado para tudo desmoronar, ainda mais depois do gol de empate, quando todo o time, do Julio César ao Luis Fabiano, se deixou abalar. Não era para tanto, com 1 a 1 era como se o jogo tivesse começado de novo, era só manter o nível do primeiro tempo. Mas pela forma como o gol foi sofrido, em uma falha coletiva dos já citados Julio César e Felipe Melo, talvez isso tenha aumentado ainda mais aquele nervosismo já existente.
Com o gol de Sneijder, que tem algo em torno de 1,75 de altura, de cabeça e dentro da área brasileira em meio aos nossos excelentes zagueiros, começou a desmoronar as chances de classificação, que ruiu de vez com a expulsão de Felipe Melo, que mostrou nessa Copa, definitivamente, que nunca deveria ter sido sequer convocado, espero que sirva de lição para o próximo treinador. O time virou um bando, partindo desesperadamente para o ataque, correndo o risco de levar mais gols, que felizmente não aconteceu, diminuindo assim a vergonha.
Já está ficando batida essa frase, mas é o único consolo no momento: 2014 é logo ali! E é mesmo, por enquanto resta escolher alguma seleção para torcer. Os botafoguenses já acolheram o Uruguai, por causa do Loco Abreu, mas eu devo torcer mesmo para a Holanda, por quem sempre eu tive simpatia, embora a melhor seleção até aqui no mundial seja a da Alemanha.
Por enquanto é só!
Até mais!
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