E o campeonato Carioca de 2010 chegou ao fim mais cedo do que o esperado. O Botafogo não deu mole para o azar e, depois de ganhar a Taça Guanabara em cima do Vasco, tratou de liquidar a fatura vencendo também a Taça Rio, diante do Flamengo, conquistando assim os dois turnos, eliminando assim a possibilidade de disputar mais uma final de campeonato contra o time da Gávea. Também puderá, depois de perder o título nos últimos 3 anos para o arquival, os alvinegros dessa vez mataram logo a parada, garantindo assim o 19° título Estadual na sua galeria de troféus.
E o time de General Severiano foi campeão com autoridade, pois foi o time mais regular do campeonato. Todo mundo irá lembrar dos vexatórios 6 a 0 impostos pelo Vasco lá no começo da Taça Guanabara, mas foi literalmente um sacode para o Botafogo, porque depois dali o técnico Estevam Soares foi demitido. Uns dizem até que o time fez corpo mole para que o treinador caisse, só que eu não acredito muito nisso, pelo menos me recuso a acreditar, que um grupo de jogadores seja capaz de manchar a história de um clube só pra desestabilizar o técnico.
Joel Santana foi contratado para arrumar a casa e, não só arrumou, como mudou a decoração e a estrutura do time botafoguense. Começando pela especialidade dele que é armar defesas firmes e sólidas. Ele também apostou na estrela do garoto Caio, que virou uma espécie de reserva de luxo da equipe, entrando sempre no segundo tempo e ajudando a equipe com gols preciosos. A dupla de ataque titular, formada pelo argentino Herrera e pelo uruguaio "El Loco" Abreu, demorou um pouco, mas engrenou na hora certa.
Não vou nem comentar as atuações contra os chamados times pequenos, que como eu disse posts atrás está em um nível muito abaixo dos grandes. Então avaliando o retrospecto botafoguense nos clássicos, podemos ter uma dimensão da boa campanha. Depois da já comentada goleada para o Vasco, teve uma vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo nas semi-finais da Taça Guanabara e uma revanche contra os cruzmaltinos na final do turno, vencida por 2 a 0. Na Taça Rio foi a vez de enfrentar os adversários do outro grupo, o alvinegro empatou com o Flamengo por 2 a 2 (mais uma vez, talvez esse seja o placar mais repetido nos confrontos entre as duas equipes) e uma derrota para o Fluminense por 2 a 1, depois de sair em vantagem no marcador. Porém o troco veio nas semi-finais: 3 a 2 para o Glorioso, também de virada.
Na decisão contra o Flamengo, tudo se encaminhava para mais um 2 a 2. O Botafogo tinha inaugurado o placar com Herrera de pênalti, mas Vagner Love empatou no finalzinho do primeiro tempo. Na etapa complementar, outro pênalti para o Botafogo e Loco Abreu, todo desengonçado, fez 2 a 1. O Flamengo poderia ter empatado em outro pênalti, só que o bom goleiro Jeferson pegou a cobrança displicente do Imperador. E o jogo terminou assim, para a alegria dos botafoguenses que estavam mais felizes em fazer o Flamengo vice, do que serem realmente campeões.
Título conquistado com todo o mérito, mas a equipe precisa se reforçar se quiser ir longe no Brasileirão. A principal carência do time, na minha opinião, é a de um meia de armação, um tradicional camisa 10. Lúcio Flávio não tem mais condições de exercer essa função, faz tempo que ele não joga bem e já está bastante desgastado com a torcida. Com ou sem reforços, o Botafogo estreia contra o time que é a sensação do momento: O Santos e os seus meninos da Vila, Neymar, Ganso e cia. Nem preciso dizer que a parada será dura.
Até a próxima!
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