Mais um capítulo de uma vitoriosa história.
Tenho 24 anos de idade e desde bem novo sempre ouvi falar de times memoráveis, o Flamengo de Zico, o Santos de Pelé, o Brasil de 70, a Holanda de 74, eram sempre menções de muito tempo atrás, obviamente de bem antes de eu nascer. Os mesmos que enaltecem esses grandes esquadrões sempre foram taxativos ao dizer que o futebol atualmente não tem mais a magia daqueles tempos áureos.
No entanto um time, que começou a ser montado há pouco mais de dois anos atrás, vem chegando rapidamente, trocando passes precisos e milimétricos a um nível espetacular, que deixa qualquer admirador do futebol arte de queixo caído. No último dia 28 de maio o mundo da bola pode ter mais uma prova de que o Barcelona de Xavi, Iniesta, Messi e Guardiola merece com todos os méritos estar no panteão dos grandes esquadrões de todos os tempos.
Diante do time catalão, os ingleses do Manchester United bem que tentaram, mas foram presas fáceis na final da temporada 10/11 da UEFA Champions League, disputada em um verdadeiro templo do futebol: Wembley. O placar de 3 a 1 deu o tom do que foi mais uma partida histórica do Barcelona, que envolveu os "Red Devils" com seu toque de bola mágico e ao mesmo tempo preciso. Para se ter uma ideia, com apenas 15 minutos de jogo, os espanhois tinham 63% de posse de bola e já tinham trocado nada menos do que 111 passes, enquanto os ingleses tinham trocado apenas 51, tendo 37% de posse de bola.
Os três indicados para o prêmio de melhor do mundo do ano passado, Xavi, Iniesta e Messi, que acabou eleito pela segunda vez consecutiva, são os principais responsáveis por isso tudo. Eles são as principais artérias do time, todas bolas passam por pelo menos um deles e seus dribles e lançamentos são quase sempre letais. Destaque para o argentino que vem demonstrando cada vez o quanto é um gênio, em um patamar comparável aos grandes nomes do futebol como Zico, Garrincha, Maradona e Pelé.
É válido lembrar também do grande talento do treinador Pep Guardiola, que em menos de três anos de carreira já conquistou 10 títulos. Ele armou um time compacto, que defende bem e ataca melhor ainda. Vale destacar outros bons valores do time como os zagueiros Piqué e Puyol, o excelente lateral-direito brasileiro Daniel Alves e matador David Villa.
Não é possível prever com exatidão até quando essa geração vai seguir encantando a todos. Espero que ainda por muito tempo, pois o futebol moderno, baseado na força física e defensividade precisa de bons exemplos como esse para não sucumbir ao pragmatismo. Com esse Barcelona em campo, dificilmente uma partida termina em 0 a 0 ou com o placar mínimo de 1 a 0.
Assim um dia, quando estiver bem velhinho, poderei me vangloriar para os meus netos que futebol bom era o daquele time do Barcelona de 2011, que tinha um gênio baixinho e franzino chamado Messi.
Muito obrigado pelos elogios Michael!
ResponderExcluirNunca tinha parado para pensar nessa ideia do plugin com a tabela do Brasileirão, sua sugestão já está no blog como pode ver.
De forma nenhuma você foi chato, é com críticas e com elogios que vamos pra frente.
Abraço!