segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

86 vezes Lionel Messi

Gênio, monstro, D10s... não faltam adjetivos para descrever Lionel Messi. E nesse último domingo ele mais uma vez deixou bem claro, como um mais um são dois,  porque merece essas alcunhas. Com os dois gols marcados diante do Bétis, Messi chegou a incrível marca de 86 gols marcados em uma só ano, superando a marca anterior do alemão Gerd Müller, que havia balançado as redes 85 vezes no começo dos anos 70, mas precisamente em 1972, ou seja, exatos 40 anos. Só pra você ter uma ideia, o jogador mais badalado do futebol brasileiro atualmente, Neymar, fez 42 em 2012.




 Praticamente a metade do argentino. Esse foi apenas mais um dos diversos recordes que o pequeno grande jogador argentino quebrou nessa temporada. Ele já havia se tornado o maior goleador de uma edição da Liga Espanhola ao terminar a última edição do campeonato com 50 gols (em 38 jogos). Messi também deixou outra lenda do clube catalão, o espanhol Cesar Rodríguez, para trás duas vezes, primeiro passando os seus 232 e se tornando o maior goleador da história do clube e agora passando novamente a estrela dos anos 50, como o maior artilheiro de todos os tempos da Liga das Estrelas. 

 Os críticos do argentino vão alegar que jogando nesse timaço do Barcelona, com Iniesta, Xavi e Fábregas é mole, que na seleção argentina ele não brilha da mesma forma e que nunca ganhou uma Copa. Só que os malas de plantão esquecem que mesmo jogando bem acompanhado como Messi joga, o seu grande talento individual faz a diferença. Coloca só um jogador de mediano pra baixo no lugar dele pra ver se rende igual. Um Obina ou um Val Baiano da vida talvez até conseguissem marcar um ou dois golzinhos com um meio campo estrelado que nem o do Barça, mas dificilmente alcançariam tantas marcas e tampouco seriam três vezes consecutivas (e muito provavelmente vem um tetra por ai) escolhidos o melhor jogador do mundo. 

Sobre o argumento do rendimento de Messi na seleção argentina, basta assistir ao VT dos últimos jogos do camisa 10 pela sua seleção. Do recorde de 86 gols desse ano, 10 vieram com a camisa azul e branca. Agora o último argumento sobre o fato dele nunca ter ganho uma Copa do Mundo... bem, ele só tem 24 anos ainda tem várias chances de sair do zero nesse quesito (espero muito que não seja em 2014). Mas caso também ele não venha conquistar o maior torneio de seleções do planeta, não faz mal também. Ele faria parte de um seleto hall de lendas como Puskas, Platini e Zico. Traduzindo: se Messi não ganhar uma Copa do Mundo em sua carreira, o azar vai ser o da Copa do Mundo, porque o argentino já tem todas as credenciais para ficar de vez na história.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O brilho eterno de Shevchenko

Shevchenko é ídolo.

Você que tem em média 25/30 anos, com certeza já vibrou muito jogando Pro Evolution Soccer (Winning Eleven, Bomba Patch e etc...)no seu Playstation, contando com os gols de um atacante fora de série: Shevchenko. E não era só no mundo dos games que ele arrebentava não. Principal nome do Milan no começo da última década, o ucraniano também é o principal jogador da história de sua seleção. 

 E foi exatamente nela que Shevchenko mostrou que mesmo aos 35 anos, sem estar 100% por causa de uma lesão, ainda é capaz de brilhar intensamente como em seus áureos tempos. Foi em plena estreia da Ucrânia na Eurocopa, jogando em casa com todo o apoio da torcida diante da Suécia. Do outro lado tinha Ibrahimovic, que é exatamente o que Sheva era há alguns anos, ou seja, referência no ataque do rubro-negro italiano e também principal nome de sua seleção. 

 Ibra até que tentou azedar a festa local abrindo o placar no começo do segundo tempo. No entanto Shevchenko fez questão de mostrar que ainda manda no pedaço e despachou os suecos com dois gols de cabeça que entraram para a história do futebol ucraniano. No estádio, todo em amarelo (cor das duas seleções, diga-se de passagem), aplausos e gritos de alegria e emoção entoavam pelos ares. 

Como o futebol é incrível tem o poder de criar mitos, levá-los ao ostracismo e depois traze-los de volta ao estrelato por causa de um único e histórico jogo. Quem foi rei, nunca perde a sua majestade e Shevchenko deixou isso bem claro na tarde essa segunda-feira no Estadio Olimpico de Kiev.