Essa escalação poderia ter jogado mês passado.
Deu gosto de ver a renovada seleção brasileira no amistoso de agora pouco contra os EUA. Renovada mesmo, pois o jogador mais velho, o goleiro Victor do Grêmio, com 27 anos. Com os meninos da Vila, Pato entre outros, o Brasil começou nervoso, não se encontrando em campo e deixando os americanos chegarem. Mas não levou mais de 15 minutos para esse panorama mudar.
Aos poucos os dribles foram surgindo, frutos do ousado esquema montado pelo técnico Mano Menezes. Um 4-3-3 com dois volantes que sabem jogar, Lucas e Ramires. Bem diferente da dupla que foi a Copa, com o competente, porém limitado Gilberto Silva e o desorientado Felipe Melo.
A camisa 10 ficou a cargo de Ganso que assim como Kaká no time de Dunga, era o único meia avançado. A diferença é que em vez de 3 volantes, a seleção jogou com 3 atacantes mortais: Robinho, Pato e Neymar. Esses últimos foram responsáveis pelos gols do jogo.
No gol, como já disse, Víctor do Grêmio. Que é um grande goleiro, mas não o suficiente para barrar o melhor goleiro do mundo: Júlio Cesar. Na lateral, Daniel Alves (mais um remanescente da Copa) destoou um pouco do restante do time, não jogando bem. Na outra lateral, André Santos mostrou que também deveria ter ido ao mundial. Na zaga uma nova dupla pode estar surgindo: Thiago Silva e David Luiz. Substituindo simplesmente Juan e Lúcio, uma das melhores duplas da história da seleção, mas que não devem ter mais idade para jogar na Copa de 2014.
Ao todo foi muito bom ver o Brasil jogando como sempre jogou, como nunca deveria ter deixado de jogar. Como disse o Paulo Autuori, sendo o protagonista do jogo e não jogando na sobra do adversário. Neymar e Ganso não sentiram o peso da estreia, muito pelo contrário. O torcedor viu boas jogadas e até gol do atacante. É muito cedo ainda para prever como será em 2014, mas a primeira impressão foi pra lá de positiva.